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A corrida da Copa do Mundo – Quartas de final – Análise de todas as equipes

A corrida da Copa do Mundo – Quartas de final – Análise de todas as equipes

A Copa do Mundo - Quartas de Final - Análise de todas as equipes

Restam apenas 8 equipes, pois estamos em as quartas de final do Catar 2022 e vamos revisar como cada um chegou a esse estágio.

A corrida da Copa do Mundo: Croácia

A Croácia é a atual vice-campeã mundial e chegou ao Qatar 2022 com muitos dos mesmos jogadores que estiveram na Rússia 2018, portanto não vemos uma mudança geracional mas sim uma equipa com uma considerável maioria de idade, tendo em conta que sua estrela, Luka Modric, já tem 37 anos.

Os Balcãs têm sido uma selecção inconsistente. Começaram a jogar muito mal, embora tenham conseguido empatar com Marrocos (0-0) no primeiro jogo. Depois, contra o Canadá (4-1), eles voltaram e esmagaram por 4-1, mostrando que a chama ainda ardia. Porém, frente à Bélgica (0-0) voltou a mostrar um nível muito fraco e se não fosse o seu guarda-redes, Dominik Livakovic, teria sido eliminado.

Nas oitavas de final, teve um rival surpreendente que não foi dos mais difíceis, o Japão, e em uma partida chata, empatou em 1 a 1 e conseguiu avançar novamente nos pênaltis graças a um imenso Livakovic, o melhor jogador croata deste Copa do Mundo, quem bloqueou 3 cobranças.

Assim como Livakovic, uma das grandes surpresas da Croácia foi o zagueiro Josko Gvardiol, do Red Bull Leipzig, que certamente não permanecerá por muito tempo naquela equipe.

É possivelmente o pior time que se classificou para as quartas de final e tem sido muito difícil para eles jogarem bem. Além disso, precisa perder para reagir, já que tanto contra o Canadá quanto contra o Japão, começou a perder.

A corrida da Copa do Mundo: Brasil

O Brasil chegou ao Catar 2022 como principal candidato ao título e continua sendo. A seleção sul-americana recuperou aquele 'Jogo bonito' dos tempos de Ronaldo, Rivaldo, Kaká e companhia, e tem o mundo do futebol dançando, mesmo que Roy Keane não goste.

Na fase de grupos, custou-lhes mais do que o esperado. Embora tenham sido um dos primeiros a se classificar e dominado quase todas as partidas, os rivais se aproximaram muito atrás e não os deixaram entrar. Conseguiram vitórias apertadas contra a Sérvia (2-0) e a Suíça (1-0), onde não receberam um único remate à baliza. Depois, já classificado, o treinador deu descanso aos titulares e estes perderam para os Camarões (1-0) com golo nos descontos.

Algo que se viu contra a Suíça, que foi o rival que mais lhes custou, é que esse time precisa do Neymar. Embora o nível de jogadores como Vinicius, Rodrygo, Richarlison ou Casemiro seja muito alto, o jogador do PSG é o comandante deste navio e a equipa dança ao seu ritmo. 'O Craque' lesionou-se frente à Sérvia e não voltou a jogar na fase de grupos. Ele voltou nas oitavas de final contra a Coreia do Sul (4-1) e foi uma exibição incrível. Marcaram 4 gols em 36 minutos e fecharam a partida antes do final do primeiro tempo. E esse é o Brasil que veremos daqui para frente.

A corrida da Copa do Mundo: Holanda

Uma das seleções invictas na Copa do Mundo é a Holanda. Eles chegaram ao Catar com uma sequência de 15 vitórias consecutivas e continuaram assim. Mais de 1 ano sem perder e acabavam de vencer o grupo da UEFA Nations League. Porém, no início foi difícil para eles.

Na fase de grupos derrotou o Senegal por 2-0 num resultado falso, já que os africanos mereciam mais e os golos surgiram aos 84 minutos e 90+9 nos únicos 2 remates à baliza que tiveram. Depois, com o Equador, empatou em 1 a 1 e também foi um resultado generoso, já que os sul-americanos foram superiores e até Louis van Gaal aceitou. Contra o Catar (2-0) não houve problema e eles ficaram em primeiro no Grupo A.

A melhor Holanda foi vista nas oitavas de final. Ao que tudo indica, o treinador, após diversas mudanças, encontrou o time que desejava. Memphis Depay voltou ao time titular e respondeu com gol na vitória por 3 a 1 sobre os Estados Unidos. Nesse jogo, eles eram 'A Laranja Mecânica, com duas peças-chave: os lados. Denzel Dumfries à direita e Daley Blind à esquerda eram dois trens subindo e descendo. O do Inter marcou 1 gol e 2 assistências, uma delas para o jogador do Ajax. Essa é a força da equipe, agora resta ver o que acontecerá nas quartas de final onde a Argentina com certeza cobrirá suas eliminações.

A corrida da Copa do Mundo: Argentina

Após o título da Copa América, a Argentina encerrou uma sequência de 20 anos sem levantar um troféu e várias finais perdidas. Lionel Messi, Ángel Di María e Nicolás Otamendi são a velha guarda que resta daquele time que perdeu a final com a Alemanha no Brasil em 2014, enfrentam sua última dança e sabem disso. Precisamente Messi e Otamendi estão fazendo uma ótima Copa do Mundo.

Mas nem tudo começou de forma positiva. A primeira grande surpresa da Copa do Mundo foi dada no primeiro jogo. A Arábia Saudita voltou e venceu por 2 a 1 e parecia que seria uma catástrofe. A equipe de Lionel Scaloni não soube se reconstruir naquele jogo e se viu estrategicamente superada pelo rival. Depois, contra o México (2-0) e a Polónia (2-0), foram superiores e acabaram avançando sem problemas.

Nas oitavas de final enfrentou a Austrália e tudo parecia fácil. O jogo começou e eles foram os dominadores, com Messi conseguindo abrir o placar aos 35 minutos. Um erro na defesa australiana foi aproveitado por Julián Álvarez que fez o 2-0 e tudo parecia no caminho certo, mas um golo da Austrália aos 77 minutos mudou o rumo do jogo e os sul-americanos acabaram por sofrer mais do que o necessário. Uma defesa de Dibu Martínez na última jogada deu-lhes uma vaga nas quartas de final e os ensinou a não confiar uns nos outros.

Apesar de ser uma equipe muito boa, tem vacilado em momentos importantes e não parece muito forte. Porém, se tiverem Lionel Messi, e ao nível em que ele se encontra, tudo é possível.

A corrida da Copa do Mundo: Marrocos

A grande surpresa das oitavas de final foi, sem dúvida, a classificação do Marrocos. No país é tudo uma festa para esse passo histórico e eles não querem ficar lá. Até a companhia aérea local lançou 7 novos voos diretos para o Catar para a partida das quartas de final e vendeu tudo.

Eles chegaram como a Cinderela e fizeram coisas históricas. Os jogadores estão no seu melhor e com um sentimento de nacionalismo muito importante para estes eventos. Jogaram muito bem na fase de grupos e conseguiram eliminar a Bélgica, atual número 2 do mundo, além de avançar como primeiro sobre a Croácia. Precisamente frente aos croatas, empatou sem golos no primeiro jogo, embora merecesse vencer, e depois venceu a Bélgica (2-0) e o Canadá (2-1).

Nas oitavas de final, enfrentou a Espanha em um jogo picante sobre a história geopolítica desses países. Foi um 0-0 enfadonho, embora tenham tido oportunidades para marcar, ao contrário do rival que sempre teve a bola, mas não a transformou em chegadas. Nas penalidades, o herói era Bono, que parou os chutes de Carlos Soler e Sergio Busquets, além do pênalti falhado por Pablo Sarabia. Achraf Hakimi, uma das figuras da Seleção Nacional, fez o último remate com uma definição “a la Panenka” e a festa rebentou.

Como dissemos, muitos jogadores estão no seu melhor nível, e devemos destacar Sofiane Boufal e Sofyan Amrabat, que ditam o ritmo da equipa.

A corrida da Copa do Mundo: Portugal

Objectivos e polémicas, é assim que se resume Portugal. Eles deram palestra sobre futebol nas oitavas de final e subiram ao pódio dos candidatos. Depois de uma fase de grupos com altos e baixos, já na fase seguinte, com algumas mudanças, subiram de nível.

Começaram por vencer o Gana por 3-2 num jogo divertido onde empataram por pouco, e depois contra o Uruguai (2-0) um grande Bruno Fernandes deu-lhes a vitória com os seus dois golos. Já classificados, enfrentaram a Coreia do Sul com vários substitutos e perderam por 2 a 1 com gol nos descontos. Porém, mais do que o resultado, aconteceu algo neste último jogo que mudaria o rumo de Portugal.

Cristiano Ronaldo, de uma Copa do Mundo questionável, foi substituído aos 65 minutos no duelo contra os asiáticos e não gostou. Ele repreendeu o técnico Fernando Santos, que para o jogo contra a Suíça pelas oitavas de final o deixou no banco, e trouxe Gonçalo Ramos, que entrou contra Gana aos 88′ e Uruguai aos 82′. Foi a sua estreia como titular por Portugal e o jovem de 21 anos respondeu com um hat-trick. 3 grandes golos do avançado do Benfica que acertou com o treinador e aumentou a polémica em torno da equipa, com Cristiano Ronaldo e a mulher Georgina a publicarem mensagens nas redes sociais após o jogo.

Mas no que diz respeito ao jogo foi um grande jogo para Portugal, de puro toque, e com grande eficácia. Foi um contundente 6 a 1 contra uma boa Suíça que foi anulado. Além disso, devemos destacar a vontade de ir sempre à frente da seleção portuguesa, pois apesar de ter marcado 3 ou 4 golos, sempre procurou mais. Depois dessa manifestação, eles ficaram entre os candidatos.

A corrida da Copa do Mundo: Inglaterra

Não creio que os adeptos ingleses tenham tido tanta esperança na sua equipa desde 1966, quando foram campeões. Gareth Southgate conseguiu montar uma grande equipe com muitos jovens no ataque e veteranos na defesa, formando um grande equilíbrio que os faz atingir seus objetivos.

A fase de grupos foi quase uma caminhada. Começaram esmagando o Irã por 6 a 2 e com isso praticamente chegaram às oitavas de final. Em seguida, empataram uma partida ruim contra os Estados Unidos (0 a 0) e venceram facilmente o País de Gales (3 a 0) para garantir o primeiro lugar. Agora veio um teste decisivo nas oitavas de final: Senegal.

Os ingleses sofreram no início, mas conseguiram abrir o placar ainda no primeiro tempo e a partir daí tudo melhorou. O resultado nos primeiros 45 minutos foi uma mentira porque os africanos mereciam marcar pelo menos um golo, mas os europeus souberam defender-se e atacar quando menos se esperava, e isso também é muito importante. Já no segundo tempo dominou e acabou vencendo por 3 a 0.

Devemos destacar Harry Kane da Inglaterra. O capitão e artilheiro marcou ironicamente seu primeiro gol nesta Copa do Mundo, no jogo contra o Senegal, mas isso não o impediu de ser importante. O avançado do Tottenham é a batuta desta equipa e com seu estilo de jogo está ajudando muito mais do que se apenas marcasse gols. Ele é o responsável por abrir o campo, jogar com os laterais, marcar, dar assistência e dirigir... Ele é versátil e está fazendo uma ótima Copa do Mundo, tanto que é o principal assistente do torneio (3).

Agora terão que enfrentar a França de Kylian Mbappe.

A corrida da Copa do Mundo: França

O atual campeão mundial é junto com o Brasil o melhor candidato para vencer esta copa do mundo. Os comandados por Didier Deschamps estão mostrando um grande jogo, mas na parte defensiva estão tendo algumas dificuldades que os levaram a receber um gol em todos os jogos.

Foi uma das seleções que se classificou após 2 jogos, após vitórias sobre Austrália (4-1) e Dinamarca (2-1), onde Kylian Mbappe era a figura. Contra os australianos, ele marcou 1 gol e deu assistência a outro, enquanto contra os dinamarqueses marcou 2 gols. Já na última partida contra a Tunísia, colocou os substitutos e perdeu por 1x0.

Mas voltando atrás, o nível de Mbappé é superlativo. Ele está a caminho de ganhar a Bola de Ouro desta Copa do Mundo se chegar à final. Ele já havia dito que se preparou muito bem para este torneio. Nas oitavas de final, venceu a Polônia por 3 a 1, com 2 gols do jogador do PSG e uma assistência. Ele é o maior artilheiro da Copa do Mundo (5) e o terceiro na tabela de assistências (2), atrás de Bruno Fernandes e Harry Kane, ambos com 3.

Mas Mbappé não está sozinho. Antoine Griezmann também está jogando muito bem e é parceiro de todos. Ele não é mais o atacante que marca gols, mas está no meio liderando esse time que também conta com Olivier Giroud, que se não marcou gols na Rússia 2018, no Qatar 2022 tem 3 e fez para não sentir falta de Karim Benzema.

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